terça-feira, 29 de março de 2011

OUTROS PARANGOLÉS


Bonecão feito para o grupo Parangolé Arte e Mobilização ,certamente mais um grupo que tem tudo a ver com quem gosta de arte e beleza para todos.

terça-feira, 22 de março de 2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

OLHA AI GENTE!!!!!!!

O Ministério das Relações Exteriores recebe, até 25 de março,
inscrições para o I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea.
Serão concedidos prêmios de até R$ 20 mil, em quatro áreas:
pintura, escultura, fotografia e obras em papel.


O artista deve ser brasileiro e só pode inscrever uma obra. Para
participar, é preciso enviar para artecontemporanea@itamaraty.gov.br
os documentos: ficha de inscrição; currículo, com dez imagens de
obras dos últimos dois anos; imagem da obra a ser inscrita
(resolução de 300 dpi, em formato JPG ou TIFF); e declaração de
autoria e propriedade dessa obra.


Outras informações estão disponíveis no site do Ministério e no
edital. O objetivo do concurso é incentivar a produção artística
brasileira e ampliar sua divulgação no exterior. O Itaú Cultural se
soma ao Itamaraty nos esforços de difundir a ação.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Novos integrantes do atelier "OFICINA 44"

Hoje a composição do atelier é : Anaakaui (artista plástica), Chico Melo ( artista plástico), Telles (escultor), Valério da Luz (artista plástico), Cid Maia ( artista Plástico), Márcia e Simone ( encadernação e mosaico), Marcia Eliezer ( marmorização), Priscila (arquitetura).
Muitos artistas e muitas coisas novas p/ se discutir e conversar.
Pergunta do dia: COMO CONVIVER COM UM GRUPO DE ARTISTAS TÃO DIFERENTE E TÃO IGUAL? É POSSÍVEL? Anaakaui

sexta-feira, 4 de março de 2011

RETRATO DE FAMILIA

Os traços ainda muito fortes nessas paragens,Familia e Igreja,o patrimonio historico passa a ter importancia real apartir de 80 e então outros olhos e outras idéias surgem,mas não tem força sobre a tradição -2010

quinta-feira, 3 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

NO ATELIER "OFICINA 44",......

O pensamento e a pergunta do dia: A ARTE CONTEMPORÂNEA É CONCEITUAL? se é então, continua sendo o mesmo tipo de pensamento conceitual que era o movimento conceitual dos anos 60, aqui no Brasil, ou mesmo os anos 20 nos Estados Unidos? Tem  mesmo sentido?    ANAAKAUI

MAR DE MINAS

È , depois do Retorno as coisas foram ficando mais organicas,as milhares de  montanhas e a saudade do mar me levaram a isto-2010

terça-feira, 1 de março de 2011

ANO NOVO COM CARAMBOLAS

Senta que lá vem estoria,mais uma das crônicas gastronômicas...

Era tradição em minha familia, como em muitas ,passar o natal na casa de meus avós maternos e o ano novo na casa de meus avós paternos.
O fim do ano era motivo de grande excitação entre as crianças e os adultos .Sou a filha mais velha e nesta epoca ainda acreditava em papai noel . Ele fazia sua primeira aparição na tarde do dia 24 de dezembro . Estávamos todos ,eu e meus irmãos ,brincando distraídos na sala quando uma chuva de balas e bonbons entrava pela janela .Ficávamos divididos entre apreciar a guloseima,contar o milagre pra mamãe ou sair correndo para ver se conseguíamos surpreende-lo antes da fuga. A noite ,a sala era fechada e estávamos proibidos de entrar sob pena de não recebermos os presentes , com os ouvidos colados na porta , ouvíamos uma grossa risada OH! OH! OH!e depois o silencio ... então entravamos . As luzes apagas e as velas acesas ,da arvore decorada ,completavam o clima mistico e magico. Minha mãe puxava a canção“pinheirinhos que alegria ,lalalala lala'” ,cantávamos também ,meu pai se juntava a nos .Nunca desconfiamos dessa coincidencia entre a ausencia de meu pai e a presença de noel,não tínhamos motivos para questionar, simplesmente acreditávamos . Foi triste, mais tarde, saber a verdade,mas,foi divertido descobrir que agora eu teria meu papel na farsa , a alegria de meus irmãos e a cumplicidade com meus pais me compensaram nos anos seguintes.
Dia 25 o maravilhoso almoço na casa da omama ,minha avó meio alemã, depois, a exibição dos presentes para os amigos da rua era uma festa a parte, passado o tempo necessario ao desapego,a troca de brinquedos era a multiplicação dos peixes...
Dia 26 os preparativos para a viagem ao interior ,onde moravam meus avós espanhois ,os pais de meu pai. Malas, presentes que seriam dados aos primos ,comida ,tudo ia sendo arrumado no bagageiro da Kombi. Papai e mamãe sentados na frente,eu e meu irmão no banco de tras ,minhas irmãs menores no banco do meio ,ou revesando o privilegio de ir na frente com mamãe. A morosa viagem exigia alguma distração ,o campeonato de boca aberta ,onde vencia quem conseguisse ficar de boca aberta no vento da janela até secar toda saliva,nos animava por um tempo .As brigas ,inevitáveis ,eram vencidas pelo cansaço e pelo sono. Depois de tudo ,a placa na estrada anunciava AVAI a 3 Km,chegamos.
Um fim de tarde vermelho e quente nos esperava,o cansaço da viagem lavado por um banho ,o jantar cheirando a arroz, feijão e salada ,meu avô a mesa dizendo “quieres pã ? Jo te parto ...“ piada antiga de familia ,tudo nos acolhia em um novo tempo ,novo amor, novo lugar.
Casa antiga de pé direito alto, janelas enormes e portas imponentes,quatro quartos assoalhados .Na cozinha o chão quadriculado de vermelhão e branco,a sala de jantar contigua, com a mesa gigante,duas cristaleiras com fotos e um relógio lindo sobre uma delas, expunham, como vitrine, cristais impossíveis ,nunca usados ,sempre admirados. Eram dois dias de preparativos , antes da festa. Ia com minha avó ao galinheiro ,coberto por uma imensa parreira e enquanto eu colhia as uvas rosadas em uma bacia de alumino, ela separava as galinhas,que pareciam se oferecer de bom grado para o sacrifico. Havia ao lado da cozinha um rancho externo com fogão a lenha ,onde um grande tacho com agua fervente aguardava as penosas ,que de lá sairiam peladas ,depois ,eram abertas e limpas e dentro das entranhas futuros ovinhos se mostravam, lembrando que tudo acaba e recomeça.
Na cozinha ,apinhada de mulheres , só eram bem vindos os que fossem uteis ,de modo que as crianças eram enxotadas com carinho e firmeza. Para nós tudo fazia parte da diversão e depois de muita insistencia mal sucedida ,nos conformávamos em ficar na copa ,sentados e apreciando os afazeres . Foi assim que vi minha tia fazendo um doce de leite ,apurado a tal ponto que depois de ser despajado na pedra ,podia ser cortado em losangos ,que eram arquitetonicamente arrumados em um prato de festa ,parecendo uma torre .As aparas eram oferecidas pra nós e o prato guardado em um armario com portas de telinha que namorávamos com olhos compridos.
O terreno era elevado ao fundo, onde um grande rancho telhado servia de lavanderia e entrada para um grande depósito de mercadorias do armazém de meu avô ,mas isto é uma outra história...
Acontece que ali no rancho uma mesa de tabuas sobre cavaletes,de uns quatro metros de cumprimento,era montada pelos homens da casa e depois coberta com toalhas brancas ,ali seria servido o almoço.
Eram em oito meus tios,cada um com sua familia ,mulher ou marido e seus filhos ,meus primos. Somávamos ,contados os agregados,quase cinqüenta pessoas. Formigas carregadeiras traziam da cozinha as delicias da festa. Galinha cozida com batatas ,arroz ,maionese,farofa,leitão assado no forno da padaria. Dentre as sobremesas,doce de carambolas,tiradas do pé ao lado do rancho,embaixo do qual meu avô estacionava seu jipe. As frutas eram cortadas como que em rodelas mas, devido a seu formato resultavam em estrelas,cozidas em uma calda de açúcar vinham para mesa numa travessa de vidro que transparecia aquele céu amarelo e flutuante . Um verdadeiro poema composto para nosso prazer.
Depois do almoço uma fila se formava ao comando de meu avô,que então ia distribuindo a cada um de seus netos e filhos uma quantia em dinheiro ,variável conforme o tamanho e as necessidades de cada um . Da minha parte lembro que me abastecia de doces e bobagens ,compradas nos botecos da cidade ,confiando orgulhosamente na minha subta independencia financeira.
Dizem que tudo que é bom dura pouco,claro que a festa acabava ,o dinheiro também ,voltávamos pra casa sabendo que logo as aulas começariam e com ela as rotinas ,mas vejam ,me lembro agora tão vivamente estes bons tempos que não posso dizer que duraram pouco.






Denise Koprowski
Outubro 2009 Ouro Preto MG